Conhecida como uma das facetas mais difíceis de um trabalho de SEO, o link building ainda figura no mercado como um tema polêmico.
Isso porque as práticas mais comuns de fazê-lo, como guest post, troca de links e compra de links tornam-se cada vez mais perigosas — uma vez que o Google as condena com cada vez mais veemência —, e as boas práticas tornam-se cada vez mais sofisticadas e complexas.
No conteúdo de hoje falarei especificamente sobre uma das técnicas mais perigosas de conseguir backlinks na internet: a compra de links.
Listarei, abaixo, as principais razões pelas quais comprar links é prejudicial para o SEO do seu site e por que este é um grande desperdício de recursos.
1. A dificuldade de conquistar links é o desafio de se destacar na Internet
“Com uma infinidade de sites na Internet, o que faria com que outros sites linkassem o meu? Por isso compro links”
Ouvi recentemente a frase acima, que foi fruto da alegação, de seu autor, de que o SEO morreu.
A afirmação é muito comum, mas já é ouvida há mais de dez anos e o SEO continua firme e forte, embora tenha evoluído como disciplina de conhecimento, técnica de marketing esforço fundamental para o sucesso de qualquer negócio que dependa de visibilidade na web, naturalmente.
Sem dúvida, é difícil conseguir links. A frase contém uma expressão que explica a dificuldade existente no trabalho de link building: há uma infinidade de sites na Internet.
Sendo assim, o que torna o seu site mais especial para merecer um link?
Em geral, as pessoas têm a impressão de que na Internet é tudo mais fácil, porque temos tudo ao nosso dispor e com facilidade: músicas, amigos, conteúdo, softwares, jogos, etc.
De fato, para o usuário é tudo muito simples, porém, para o profissional de marketing, destacar-se nesse mar de informações é um desafio é muito maior.
2. Mentiram para você: conteúdo de qualidade não basta para conseguir links
Uma informação errônea vista em muitos sites é que basta ter conteúdo de qualidade que, como mágica, os backlinks vão aparecer para o seu site.
Mesmo após meses investindo em conteúdo de qualidade, a verdade é que o investidor alcança poucos resultados neste quesito, sente-se frustrado e acredita que, por isso, fazer SEO não traz resultados.
É claro que desenvolver conteúdo de qualidade é imprescindível, mas há ainda um segundo problema: muitas vezes, pensa-se que está investindo em conteúdo de qualidade, mas, na verdade, está lidando com um material ruim, sem nada de especial ou muito pouco original.
Investir em conteúdo de qualidade é importante, mas é apenas o primeiro passo para obter sucesso em SEO.
Bom conteúdo é aquilo que, como venho afirmando há anos, atende à intenção de determinada pessoa ou grupo.
Quanto maior é esse grupo, maiores são as possibilidades do seu conteúdo gerar um volume de tráfego que faça brilhar os olhos quando se olha o nosso Google Analytics.
O melhor exemplo de foco no usuário é pensar em sites de fofoca: seu conteúdo é de qualidade? Muitas vezes, não. No entanto, ele supre a necessidade de informação de um determinado grupo de pessoas. E, nesse caso específico, trata-se de um grupo muito grande.
3. Sites que vendem links para você, também vendem para outros sites
Mesmo quando comecei a estudar e trabalhar com SEO, há mais de sete anos, havia algo que me parecia muito perigoso na ideia de comprar de links, uma prática muito discutida em fóruns e blogs na época.
Se você compra links, haverá o registro disso em e-mails ou sistemas de mensagem instantânea. Esse simples risco afastaria as pessoas que pensam no longo prazo da prática de compra de links ou qualquer outra técnica de black hat.
Isso era o que eu pensava como profissional de SEO, porém, do ponto de vista técnico e do algoritmo, há um perigo muito maior: sites que vendem link para você, também irão vender para outros sites.
Como qualquer algoritmo de computador trabalha com padrões, inclusive o do Google, é certo que haverá um padrão estranho e facilmente identificável nos links comprados, o que obviamente aumenta o risco de punição.
Um destes padrões mais populares é a tendência destes links possuires âncoras exatas.
Outro problema muito comum nesse esquema é o costume de haver picos de novos links, que correspondem ao processo de compra dos mesmos.
A existência de picos ativa os alertas dos mecanismos de busca, que poderão facilmente suspeitar da existência de algo errado na rede de backlinks que aquele site vem recebendo.
4. Cuidado com o excesso de âncoras exatas
Sabemos que âncoras exatas em links costumam ajudar muito mais na otimização de sites, tanto do ponto de vista da linkagem interna quanto da externa.
Âncoras exatas, para quem não sabe, são quando os textos linkados contêm exatamente a palavra-chave necessária para um bom posicionamento.
Quando os links para um site possuem uma grande proporção de âncoras exatas, o trabalho de link building se torna arriscado.
A âncora exata é outro perigo da compra de links, porque quando se investe dinheiro, o comprador costuma querer o melhor link possível — ou seja, um link que trabalhe exatamente a sua necessidade: o ranqueamento de determinada palavra-chave.
O que muitas vezes não é levado em consideração nestas transações é que as âncoras exatas, em contextos errados, podem ser extremamente prejudiciais para SEO e podem, inclusive, gerar punição.
Aliás, a maioria dos casos de algum tipo de punição que eu vi acontecia pela existência de links com âncoras exatas. Esses links estavam, na maioria das vezes, totalmente fora de contexto, ou seja, eram desnecessários.
Em oposição a isso, o bom link é aquele que possui usabilidade e pode, de fato, complementar a leitura de determinado conteúdo.
5. Links continuarão sendo importantes para o Google
Diante de todos esses problemas do trabalho de link building, como se deve agir então para conseguir links e aumentar a autoridade de uma página ou um site?
O trabalho, como se pode perceber, obviamente não é simples, mas se feito com constância e qualidade pode render frutos excepcionais e um excelente retorno.
O próprio Matt Cutts, chefe da equipe anti-SPAM do Google, afirmou que links continuarão sendo um forte fator de ranqueamento e que perderão apenas um pouco de importância.
Ele complementa afirmando que o Google continuará avaliando links para mensurar a reputação de sites e páginas. Confira o vídeo (em inglês):
6. Link building deve ser com assessoria de imprensa (PR)
No vídeo acima, é importante notar que Matt Cutts ressalta que links avaliam a reputação de sites e páginas.
Isso é particularmente importante na medida em que compreendemos um link como um voto de qualidade em uma página e, com certeza, eles são importantes dentro do objetivo de destacar uma página entre milhares de outras semelhantes.
O trabalho de destacar-se só pode existir na medida em que outras pessoas, formadoras de opinião, saibam que uma empresa existe e que, de fato, ela é relevante.
O trabalho de conectar conteúdo relevante a formadores de opinião é, precisamente, o trabalho de uma assessoria de imprensa ou, como é o termo técnico mais correto, de relações públicas — ou, em inglês, public relations, também conhecido pela sigla PR.
A missão do trabalho de PR é criar relacionamentos e disseminar informações de credibilidade, que devem possuir o aval de autoridades em determinado assunto. Essas pessoas possuem uma reputação a zelar, e por isso devem ser convencidas da veracidade daquele tópico.
É neste contexto que o trabalho de link building encontra o de relações públicas. A partir do momento em que se conseguiu gerar a menção a uma marca ou conteúdo, o objetivo agora é permitir que os mecanismos de busca possam indexar esse acontecimento. E como eles poderão fazer isso? Através da identificação do link!
Update: a partir desta premissa, criamos, aqui na Conversion, o conceito de Data-Driven PR: a mais nova maneira de fazer link building através de assessoria de imprensa orientada a dados. Clique e saiba mais sobre essa estratégia revolucionária.
Conclusão
Podemos perceber que um bom trabalho de SEO é muito complexo, entretanto perfeitamente viável.
Para alcançar os objetivos estabelecidos, é preciso uma equipe multidisciplinar, que poderá lidar tanto com a parte técnica (que é muito importante), com a análise de números e informações, como também com a construção de links de qualidade e de forma ética, que evite riscos de punição pelos mecanismos de busca.
Para quem ficou interessados em saber mais sobre o funcionamento do PR, recomendo um livro de um dos principais estudiosos de marketing no mundo, Al Ries. The Fall of Advertising and the Rise of PR descreve a mudança de comportamento do consumidor, que confia cada vez menos na publicidade, e como o trabalho de construção e posicionamento de uma marca deve ser feito atráves de relações públicas.
O que isso tem a ver com SEO? Tudo!
texto extraído de https://www.conversion.com.br/blog/comprar-links/